sexta-feira, 31 de julho de 2009

O sedentarismo é melhor que a atividade física?



Fonte: VEja.com.br

A atividade física, quando feita de maneira inadequada, pode trazer riscos à saúde? Correto. Então, o melhor a fazer é abraçar o sedentarismo? Não – respondem em uníssono os especialistas. Vejamos os números: em uma corrida, por exemplo, o risco de morte por ataque cardíaco é sete vezes maior; porém, homens em boa forma possuem 50% menos chances de sofrer ataque cardíaco do que os sedentários, segundo estudo publicado pelo Journal of the American Medical Association, em 1982. Os sedentários e os chamados atletas de fim de semana, na opinião dos médicos, precisam redobrar a atenção. “O problema dos atletas de fim de semana é que o corpo não está preparado para realizar uma determinada intensidade de trabalho. Assim, o exercício se torna um gatilho de um evento cardíaco, que pode ser a própria parada cardíaca e a morte súbita”, analisa o cardiologista Nabil Ghorayeb.

O fisiologista e médico do esporte Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acrescenta que os benefícios não são alcançados para aqueles que fazem exercícios somente de fim de semana. “A pessoa que faz exercício no sábado, por exemplo, deveria repetir a atividade na segunda-feira, para dar sequência no processo supercompensação”, explica. “Se ela não repetir o exercício, não dá sequência ao trabalho e não melhora a condição física”, fala o fisiologista.

Outro ponto levantado pelos especialistas são os exames e avaliações periódicas. “Consulta tem que ser feita por um médico e não por avaliador de academia”, sentencia Ghorayeb. “Quanto mais específica for a avaliação, mais seguro será o resultado para uma prescrição de atividade física”, orienta Marcio Marega, educador físico e fisioterapeuta Centro de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein. Ele recomenda a consulta a educadores físicos a cada três meses para fazer uma reavaliação da atividade realizada. A visita ao médico, segundo educador físico, pode ocorrer a cada seis meses, para os sedentários, e um ano, para os mais ativos.

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Conheça as Zonas de Frequência Cardíaca e sua aplicabilidade



Conheça quais são elas, suas intensidade e o que cada uma traz de benefício para a evolução do seu pedal/Jump.

Conhecer as zonas de treinamento, ou zonas de freqüência cardíaca, é fundamental para saber como o seu corpo se comporta durante a pedalada e se o treino está adequado para seu objetivo. Além disso, ao saber a quantas anda o seu coração sob determinado esforço, você consegue alcançar mais rápido suas metas e ainda diminui os riscos de lesão. “Respeitar as faixas de freqüência significa respeitar os limites do corpo”.

Para saber qual é a sua zona de treinamento, é necessário conhecer o conceito freqüência cardíaca máxima (FCmax). Ela pode ser facilmente obtida por meio da Fórmula de Karvonen, na qual basta diminuir a sua idade de 220. O resultado será ao seu batimento máximo.

Após determinar a freqüência cardíaca máxima, basta aplicá-la dentro de cada zona de treinamento para saber qual a faixa de freqüência cardíaca que deve ser utilizada durante os treinos. Veja, abaixo, quais são as zonas de treinamento:

Zona de Manutenção (restauração) – 50 a 60% da FCmax
Essa faixa de intensidade é utilizada no trabalho com iniciantes, no retorno das atividades após um período de interrupção, na recuperação após treinos exaustivos ou em aquecimentos. Nela, nosso organismo usa a gordura como principal fonte de combustível, mas é necessário um longo tempo de atividade para perder peso.

Zona Aeróbia Lipolítica (queima de gordura) – 60 a 70% da FCmax

Essa zona de intensidade é usada para melhorar o condicionamento físico aeróbio. Por usar os lipídios como principal fonte energética, ela é a ideal para quem deseja diminuir os percentuais de gordura corporal. Quanto maior for a duração dos treinos, melhores serão os resultados.

Zona do Limiar Aeróbio (endurance/ resistência) - 70 a 80% da FCmax

Esta zona é a ideal para os atletas que praticam esportes que exigem grande resistência, como ciclismo, triathlon, corrida e futebol. Nessa faixa, a capacidade funcional do organismo melhora consideravelmente, pois existe um aumento do número de vasos sanguíneos, da ventilação pulmonar, do vigor físico e do volume de sangue bombeado. Nela, 50% das calorias queimadas são provenientes dos carboidratos e 50% das gorduras. Por isso, é fundamental manter uma alimentação balanceada.

Zona Mista (limiar anaeróbio) - 80 a 90% da FCmáx

Os principais benefícios dessa faixa são a melhora do VO2Max (máximo de oxigênio que nosso corpo consome durante o exercício) e uma maior tolerância do organismo ao ácido lático. Isto significa que você vai melhorar sua resistência e não irá se cansar tão facilmente. Ela é ideal para atletas que disputam provas de estradas e precisam percorrer grandes distâncias durante um longo tempo. Nesta zona, a quantidade de calorias queimadas é superior às das três anteriores, mas a principal fonte de energia do organismo são os carboidratos. Por isso, ela não serve para quem deseja apenas perder peso.

Zona de Esforço Máximo - 90 a 100% da FCMÁX
Esta faixa é indicada para indivíduos de esportes de velocidade ou potência, como os 100 metros rasos do atletismo ou provas de curta distância na natação. Esta zona é tão intensa que só deve ser utilizada por pessoas que estão em ótima forma física. O ideal é que ela seja intercalada com treinos em outras faixas para evitar os riscos de lesões musculares.

Dicas importantes

Mesmo conhecendo as faixas cardíacas, é fundamental consultar um técnico e um cardiologista antes de iniciar qualquer treinamento, pois eles poderão determinar o planejamento ideal para cada atleta.

"Quem ultrapassa seus limites ou só trabalha em altos níveis acentua os riscos de lesões e pode sofrer alterações no ritmo cardíaco. Por isso, a alta intensidade só é recomendada para quem realmente vai disputar uma competição, e, mesmo assim, é preciso ter o acompanhamento de uma equipe especializada"